Senhor Presidente,
A política que faz falta aos povos é uma política de dinamização do mercado interno que aumente o poder de compra com o aumento dos salários e das pensões; que oriente a economia em função da criação de emprego e da satisfação das necessidades sociais, e não dos lucros dos grupos económicos; que estimule o desenvolvimento produtivo e a incorporação de ciência e tecnologia na produção; e que assuma o objetivo da eliminação das assimetrias e desigualdades entre os níveis de desenvolvimento dos diferentes Estados.
O mercado único da União Europeia é o oposto de tudo isso.
O seu alargamento ao mercado de capitais e às áreas tecnológicas das telecomunicações e espaços de dados servirá os interesses dos grupos económicos e dos especuladores, mas não os dos povos.
Este aprofundamento do mercado único está pensado para os lucros das grandes empresas e das multinacionais e desenhado para que as grandes potências continuem a tomar conta das economias mais frágeis e débeis.
E insiste numa política de destruição de serviços públicos, de liberalizações e privatizações de setores estratégicos, designadamente na área dos mercados de capitais e, nomeadamente, a propósito dos sistemas públicos de segurança social.
É por tudo isso que não serve os interesses dos povos.