Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Comício Regional da CDU

«Dar mais força à CDU é sempre a melhor alternativa para a defesa dos interesses das populações»

«Dar mais força à CDU é sempre a melhor alternativa para a defesa dos interesses das populações»

Áudio

[EXCERTO]

Uma forte saudação a todos os presentes, aos trabalhadores e ao povo, desta cidade e do distrito de Bragança, a todos os que connosco estão neste projecto democrático e unitário da CDU, neste espaço de participação e realização ao serviço das populações.

Estivemos aqui no ano passado no âmbito da Jornadas Parlamentares do PCP já aqui referidas. As nossas primeiras Jornadas efectuadas na nova fase da vida política nacional que se abriu com o afastamento do PSD e do CDS do Governo.

Ficámos, então, com um retrato muito vivo das dificuldades que a Região atravessa, resultado de anos de política de direita e opções contrárias ao interesse do País e do povo, que cortou no investimento público, destruiu e abandonou a produção nacional e encerrou serviços públicos essenciais à vida desta Região. Um conjunto de informação e conhecimentos que são fundamentais e que precisamos de continuar a aprofundar para melhor responder às aspirações e anseios dos trabalhadores e das populações desta Região de Trás-os-Montes e aos seus problemas que continuamos a acompanhar.

Problemas como o do encerramento de serviços e a redução de meios e de quadros do ministério da agricultura no distrito, concretizados em décadas de política de direita por PS e PSD/CDS e que deixam hoje os agricultores entregues à sua sorte perante ameaças gravíssimas para as suas explorações, como é o caso do recente aparecimento e dispersão generalizada do Cancro do Castanheiro e da Vespa das Galhas do Castanheiro, sucedendo à temível Doença da Tinta, e que colocam em causa todo o ecossistema do castanheiro.

Trata-se de uma espécie que é central no sistema agro-florestal transmontano, como é confirmado pelo grande número de castanheiros centenários e mesmo milenares existentes na região da Terra Fria Transmontana.

Torna-se imperioso encontrar soluções para preservar este património natural que é também a principal fonte de rendimento da agricultura desta região, mas também a valorização do produto castanha e de todas as actividades económicas relacionadas, como o turismo, dependente que está da paisagem, da gastronomia e da cultura.

Só com a reabilitação e o reforço dos serviços de agricultura do Estado será possível debelar estes e outros problemas da região, implementando nomeadamente soluções relevantes como as que vêm sendo desenvolvidas pela investigação aplicada do Instituto Politécnico de Bragança.

O que se espera nesta nova fase é que as esperanças depositadas numa mudança política não sejam frustradas. Que este e outros problemas que temos referenciado tenham resposta.

O PCP continuará a lutar por medidas de reposição de direitos e condições que permitam o desenvolvimento equilibrado do território nacional e a qualidade de vida das populações.

Continuaremos a lutar pela concretização de uma política de desenvolvimento integrado que, assente na defesa dos serviços públicos de proximidade (na saúde, educação, justiça, apoio social) e na valorização da produção nacional, seja capaz de reduzir as assimetrias, contrariar a desertificação e o despovoamento do território. Uma política que tenha em conta a modernização e valorização do transporte ferroviário de mercadorias e passageiros, uma rede viária que ligue todos os concelhos de forma rápida e segura à rede nacional de autoestradas e uma rede de transportes públicos capaz de garantir o direito à mobilidade das populações.

Hoje, estamos aqui, no momento em que uma nova e importante batalha se avizinha: as eleições para autarquias locais, marcadas já para o próximo dia 1 de Outubro e cujos trabalhos preparatórios estão em marcha por todo o País.

(...)

Somos uma força que deu provas de uma intervenção que se distingue nas autarquias por uma justa política coerentemente orientada para o estímulo permanente à participação e intervenção populares, e inteira dedicação ao trabalho na defesa dos interesses das populações.

Somos uma força reconhecida pela sua dedicação ao trabalho, pela competência e honestidade. Uma força que garante dedicação posta ao serviço do bem-estar e do desenvolvimento de cada terra e de cada concelho do nosso País.

Vamos para estas eleições afirmando com convicção de que em toda a parte, a CDU vale a pena!

Vale a pena porque onde somos maioria, somos uma força com obra realizada e provas dadas.

Vale a pena também nos concelhos e freguesias onde a CDU é minoria e nos quais todos os dias demonstramos que somos uma presença necessária e insubstituível.

A CDU é, de facto, uma força com um projecto distintivo e alternativo.

(...)

É por isso também que dar mais força à CDU é sempre a melhor alternativa para a defesa dos interesses das populações, para fazer avançar propostas necessárias ao desenvolvimento de cada freguesia, de cada concelho, de cada região.

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