Vários relatórios publicados na imprensa demonstra que a decisão de suspender a operação humanitária da Marinha italiana, “Mare Nostrum”, no final de 2014, contribuiu para um aumento dramático das mortes de migrantes e refugiados no mar. O mito de que a operação “Mare Nostrum” funcionava como um “factor de atracção” é assim desmontado pelas estatísticas.

Várias organizações internacionais e ONGs pedem reiteradamente uma missão de busca e resgate de toda a UE que tenha ao menos o mesmo mandato e os mesmos recursos que a operação Mare Nostrum, que salvou mais de 170.000 vidas antes de ser cancelada no final do ano passado. A Comissão Europeia reconheceu publicamente que a operação Triton não substitui a operação Mare Nostrum empreendida pela Itália.

Face às múltiplas guerras que continuam a assolar grande parte do continente africano e do médio oriente, guerras estas onde os países da UE tem fortes responsabilidade, e perante a eminência de um fluxo continui de refugiados que fogem na morte e da fome, pergunto se a Comissão Europeia não está em condições de financiar uma ampla e concertada operação de salvamento e resgate que possam evitar ou minorar o número de mortes ocorridas no meditarrâneo.