Internacional

«Até ao fim?»

Começa a ser difícil encontrar palavras para definir a situação no Iraque.

Tal como é ainda maior a dificuldade para se caracterizar a acção e o discurso da Administração Bush.

Explicar os casos de tortura divulgados na passada semana como situações de «falta de liderança» ou de «preparação deficiente» dos militares norte-americanos, que não saberiam «como lidar com prisioneiros», é pura e simplesmente uma náusea.

«Um ano»

Não concordando frequentemente com os seus pontos de vista, julgo de toda a justiça citar a feliz expressão que nestas páginas ontem deixou Paulo de Almeida Sande: «(...) A falta de senso do ataque ao Iraque e a razão de ser da necessidade de voltar a este tema, as vezes que for preciso. (...)»

Voltar ao tema as vezes que for preciso, apontando a necessidade urgente de uma solução.

De resolver o mais perigoso e incontrolável impasse da vida da Humanidade desde o final da Segunda Guerra Mundial.

Falujja, Najaf, Kut, Kerbala, um itinerário de sangue depois de Bagdad.

Sobre o assassinato do líder do Hamas

O PCP condena firmemente o acto criminoso que constitui o assassinato do líder do Hamas, independentemente do juízo que se faça sobre esta organização, e responsabiliza o governo fascizante de Ariel Sharon pela espiral de violência e terror que se anuncia.

«Guerra e terrorismo: duas faces da mesma moeda»

A saída do contingente da GNR do Iraque está na ordem do dia.

«A recusa»

O que aconteceu no domingo em Espanha foi pura e simplesmente o primeiro falhanço de uma operação de dimensão mundial baseada na chantagem, ameaça e mentira.

Desde o 11 de Setembro a política norte-americana assentou em dois eixos: por um lado, uma deliberadamente confusa mistura entre ameaças terroristas e ambições expansionistas; por outro, uma operação de propaganda rotulando a discordância com as soluções preconizadas como cedências - ou mesmo cumplicidades - face ao terrorismo.

Um ano após a Cimeira dos Açores

Faz hoje um ano que teve lugar nos Açores a vergonhosa Cimeira de guerra que precedeu a invasão e a ocupação do Iraque, que provocou milhares de mortos e feridos, civis e militares e lançou aquele país num caos.

Foi uma Cimeira de farsa que envolveu o nosso país numa guerra dita preventiva mas, de facto, ilegal, ilegítima e injusta.

«Rigor»

A condenação do atentado terrorista de Madrid não é susceptível de qualquer hesitação.

Mas, exactamente por isso e em nome do futuro, requer-se serenidade e rigor.

O terrorismo é, por definição, indiscriminado.

A política que o combate, exactamente porque o combate, não pode sê-lo.

Não é irrelevante a identidade dos responsáveis. Precipitações também não são irrelevantes. São indispensáveis passos que possibilitem capturas e julgamentos, mas há que tratar também da dimensão política e social que a questão assume desde já.

PCP condena atentado em Madrid

O PCP manifesta a mais viva condenação pelo brutal atentado terrorista que teve lugar hoje ao início da manhã numa zona a sul de Madrid, ocorrido a uma hora e em locais de grande concentração e circulação de trabalhadores que se dirigiam para os respectivos locais de trabalho.

"Revolução bolivariana em marcha"

Entrevista a Luís Tascón, deputado da Assembleia Nacional da Venezuela
Avante Edição N.º 1580, 11-03-2004

«Eles sabiam»

Tony Blair e George W. Bush não mentiram apenas. Manipularam informações alegadamente fornecidas pelos serviços secretos e entraram na obscenidade paranóica da espionagem: os Governos inglês e americano procederam, de comum acordo, à ilegalmente monstruosa escuta - seguramente entre muitas outras - dos telefones do secretário-geral da ONU e do chefe dos inspectores da ONU no Iraque, Hans Blix.