O momento que vivemos é grave e perigoso.
A possibilidade de confrontação entre potências nucleares é hoje um risco real.
Quem tenha consciência disso só pode ficar inquieto com este debate e com as propostas de resolução em discussão.
Como é possível insistir com tanta ligeireza na escalada de um conflito que se prolonga há mais de 10 anos, fechando os olhos às consequências catastróficas que pode atingir?
Para onde nos querem empurrar?
Para onde querem empurrar os povos, os nossos filhos e netos, com esta irresponsável e perigosa apologia da confrontação, do militarismo e da guerra que aqui ouvimos?
A realidade está a dar razão a quem, como nós, desde 2014, exige que os Estados Unidos, a NATO e a União Europeia deixem de instigar o conflito.
A quem desde o início reclama a abertura de vias de negociação com os demais intervenientes, nomeadamente a Federação Russa, visando alcançar uma solução política que garanta a paz, a segurança colectiva e o desarmamento.
É preciso, e nós continuaremos a fazê-lo, insistir na construção da paz.