Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

Fim imediato da violência de Israel contra o povo palestiniano

O brutal ataque de Israel, com meios aéreos e terrestres, ao campo de refugiados palestinianos de Jenin, que só no dia 3 de Julho provocou 10 mortos, mais de 100 feridos e a expulsão de centenas de famílias, é um novo e inaceitável acto de violência contra o povo palestiniano. 

O ataque ao campo de refugiados palestinianos de Jenin é efectuado na sequência da escalada de ataques por parte das forças armadas e policiais, e de grupos de colonos israelitas, que já provocaram, só neste ano, a morte de mais de 185 palestinianos. Uma vaga de violência que é indissociável do Governo dirigido por Netanyahu, onde participam forças fascizantes abertas defensoras da ocupação da totalidade da Palestina. 

O PCP condena e exige o fim imediato da violência de Israel contra o martirizado povo palestiniano e o respeito por parte do Governo israelita do direito internacional, incluindo das inúmeras resoluções da ONU sobre os inalienáveis direitos do povo palestiniano.

O PCP condena e exige igualmente o fim imediato dos continuados bombardeamentos da força aérea de Israel contra a Síria.

A conivência das sucessivas administrações dos Estados Unidos da América e de governos de países que integram a União Europeia com a criminosa política de Israel contra o povo palestiniano só pode merecer a mais firme denúncia.

É inaceitável que às palavras de reconhecimento formal dos direitos nacionais do povo palestiniano, não correspondam firmes posições políticas de real repúdio pela política ilegal de Israel de colonização e opressão sobre o povo palestiniano.

A conivência com a política de Israel contra o povo palestiniano é co-responsável pela escalada de violência e ameaça afundar a região do Médio Oriente numa guerra de grandes proporções.

O PCP considera que o Governo português deve assumir uma posição de clara defesa do imediato cumprimento do direito do povo palestiniano a um Estado soberano e independente, com as fronteiras de 1967 e capital em Jerusalém Oriental, e a efectivação do direito ao retorno dos refugiados, no cumprimento das relevantes resoluções da ONU.

Saudando o povo palestiniano que, sob as mais difíceis condições e usando as mais diversas formas de luta, prossegue a sua legítima resistência, o PCP apela à solidariedade para com a sua luta pelos seus inalienáveis direitos nacionais, pelo fim das provocações e da violência das autoridades e colonos israelitas, pelo fim do bloqueio imposto à Faixa de Gaza, pela libertação dos milhares de presos políticos palestinianos, entre os quais muitos menores de idade, encarcerados nas prisões israelitas.

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