Pergunta ao Governo N.º 2709/XII/2

Falta de Médicos na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Ruães

Falta de Médicos na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Ruães

O Grupo Parlamentar do PCP teve conhecimento que a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Ruães está há vários meses a funcionar com um número reduzido de médico de clinica geral e familiar.
A Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Ruães está integrada no Agrupamento de Centros de Saúde Cávado I - Braga, estando associada ao Centro de Saúde Braga – Unidade de Saúde de S. Vicente/Infias e tem como área de influência as freguesias de Mire de Tibães, Padim da Graça, São Paio Merelim, São Pedro Merelim, Panoias e Parada de Tibães.
O problema de falta de médicos naquela unidade de saúde arrasta-se há bastantetempo aumentando a dificuldade dos utentes em aceder a uma consulta, sendo obrigados, a deslocarse à Unidade de Saúde Paulo Orósio - Consulta Aberta- para obter uma consulta Soubemos também que os utentes da UCSP de Ruães que não são possuem médico de família estão impedidos de efetuar atos de enfermagem naquela unidade de saúde, tendo, mais uma vez, que se deslocar à Unidade de Saúde Paulo Orósio para fazer esses tratamentos.
Ora, esta situação para além de provocar mais custos económicos aos utentes devido ao custo dos transportes, está, tendo em conta a tipologia da população que é servida por aquela unidade de saúde- idosos com problemas de saúde crónicos- a ter consequências no acompanhamento das patologias.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito ao Governo que, por intermédio do Ministro da Saúde, me sejam prestados os seguintes esclarecimentos:
1. Como pretende o Governo assegurar a prestação de cuidados de saúde na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Ruães? Para quando a contratação dos médicos necessários para cobrir as necessidades da população?
2. Como é que o Governo avalia a prática da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Ruães no que à realização de tratamentos de enfermagem diz respeito, mormente para os utentes que não possuem médico de família? Esta prática da UCSP de Ruães decorre de orientações emanadas pelo Governo?
3. Quantos utentes estão sem médico de família na área abrangida pela Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Ruães?
4. Qual ou quais as soluções que estão a ser estudadas pelo Ministério da Saúde no sentido de ultrapassar os problema dos utentes sem médico de família quer no sentido de ser garantido um médico de família, quer no sentido de ser permitido realizar os atos de enfermagem que necessitem?
5. Reconhece o Governo que esta situação causa sérios problemas -económicos, pessoais e familiares. aos cidadãosda Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Ruães que não possuem médico de família naquela unidade de cuidados primários de saúde?

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