De acordo com notícias avançadas pelo "The Independent", com base numa denúncia da organização sem fins lucrativos Business and Human Rights Resource Centre (BHRC), várias empresas estão a forçar crianças da Síria a trabalhar nas suas fábricas da Turquia. Acresce a este facto que estas empresas fornecem duas das maiores cadeias de moda a operar na Europa, a sueca H&M e a britânica Next.
A Turquia recebeu até ao momento cerca de 2.5 milhões de refugiados sírios desde o início da agressão terrorista do autodenominado Estado Islâmico suportada pela NATO e pela UE. A Turquia é, ao mesmo tempo um dos maiores produtores mundiais de roupa, albergando no seu território dezenas de fábricas de multinacionais como a Burberry, Topshop, Asos e Marks & Spencer. Segundo a BHRC, pelo menos 28 empresas de vestuário trabalham com fornecedores em outsourcing na Turquia que estão a explorar crianças vulneráveis em fuga de conflitos sangrentos no Médio Oriente.
Pergunto à alta representante se tem conhecimento destes elementos e que medida pensa colocar em prática para garantir que os cerca de 3 mil milhões de euros entregues à Turquia para apoio aos refugiados não contribuam para alimentar esquemas deste tipo.