Saudação de Elizabete Santos, membro da Direcção da Organização Regional de Lisboa, Comício comemorativo do 95º aniversário do PCP

DORL do PCP saúda todas as mulheres portuguesas

Quando se aproxima a celebração de mais um Dia Internacional da Mulher, a DORL do PCP, saúda as mulheres aqui presentes e através delas, saúda também todas as mulheres portuguesas, particularmente as mulheres trabalhadoras.

Numa altura em que:

Aumenta a exploração laboral, com a consequente redução de salários e pensões.

Aprofunda-se a degradação das condições de vida e de trabalho;

Alargam-se os retrocessos nos direitos das mulheres;

Aumenta o desemprego e a precariedade;

Fruto da generalização dos baixos salários, aumenta também o número de mulheres a receberem o SMN;

Cresce a diferença salarial entre mulheres e homens, na maioria dos sectores de actividade;

Se agravam as discriminações, principalmente em função da maternidade.

Numa altura em que se verifica que esta situação aumenta também as proporções da violência, não só familiar mas também social, banalizando-a e tornando-a constante, ao mesmo tempo que se propagam as imagens da mulher como objecto sexual.

Daqui afirmamos ser necessário:

Tempo para trabalhar.

Tempo para si e para a família.

Tempo para participar.

Criar um plano nacional de combate às discriminações em função da maternidade e da paternidade.

Promover medidas de prevenção e combate à violência sobre as mulheres.

Afirmar que a prostituição não é solução, é exploração.

Promover a participação social e politica das mulheres.

E por isto e muito mais, saudamos o MDM, pela convocação da Manifestação Nacional de Mulheres, para o próximo dia 11 de Março, aqui em Lisboa.

Esta manifestação apela à luta por mais direitos:

O direito ao trabalho;

O direito à igualdade salarial;

O direito à maternidade e paternidade;

O direito das crianças às escolas, creches e tempos livres;

Pela igualdade de direitos e oportunidades!

Mas será também para dizer que as mulheres, sendo 52,2% da população residente em Portugal e 51,3% dos trabalhadores por conta de outrem, são essenciais para o tão necessário aumento da produção nacional e para o desenvolvimento do País.

No próximo dia 11 de Março, todas daremos vida às lindíssimas palavras da Maria Velho da Costa e diremos: “segure-me aqui os cachopos, Senhora, que a gente vai de camioneta a Lisboa dizer-lhes como é.”