Na sequência de notícias vindas a público e após ter recebido do anterior Secretário de Estado para a Cooperação, Luís Amado, uma carta em que era alertado para a eventualidade de a Comissão Europeia vir a propor para o ano de 2003 uma redução das verbas de apoio comunitário a Timor Leste, o deputado do PCP ao PE, Joaquim Miranda dirigiu uma carta ao Comissário Patten reclamando contra tão despropositado e incompreensível propósito, até pela proximidade do seu anúncio com a independência do país.

O mesmo deputado dirigiu igualmente uma carta ao referido membro do governo português afirmando toda a disponibilidade para conjugar esforços com vista a impedir tal intenção, nomeadamente no quadro da concretização do orçamento para o próximo ano, em que o Conselho e o Parlamento Europeu têm a última palavra.

Posteriormente o mesmo deputado encontrou-se em Bruxelas com Ramos Horta, com quem debateu a situação e, em especial, os apoios financeiros a Timor Leste. Na altura Joaquim Miranda reafirmou ao responsável timorense a total disponibilidade e empenhamento na defesa dum apoio substancial da União Europeia a Timor Leste, dando sequência, de resto, à sua iniciativa que, em momento oportuno, determinou a inscrição no orçamento comunitário de uma rubrica específica para este país.

Entre ambos foi na ocasião acordada e agendada a participação de Ramos Horta numa futura reunião da Comissão para o Desenvolvimento e a Cooperação do Parlamento Europeu, de que o deputado Joaquim Miranda é presidente.