Senhora Presidente,
Tratamos hoje do pacote sobre a defesa da democracia que, em muitas circunstâncias, infelizmente, face à prática da União Europeia, é um pacote de preocupações fingidas.
Põe-se o alerta em representantes dos países estrangeiros mas apenas naquilo que ameaça os grandes interesses económicos que são servidos pelas políticas da União Europeia.
Fala-se de riscos de ingerência externa mas aceita-se a ingerência dos interesses económicos quando tomam conta das economias nacionais, de setores estratégicos, da vida dos povos.
Proclama-se a transparência mas institucionaliza-se e legaliza-se o tráfico de influências através dos mecanismos do lobbying e escondem-se os contractos das vacinas assinados no tempo da COVID.
Clama-se por medidas de defesa da democracia mas negoceia-se e acerta-se políticas económicas e militaristas com os governos da extrema‑direita de Itália, depois de se fingirem uns desacertos com a Hungria.
Proclama-se aqui a defesa dos valores democráticos mas quer-se impor o pensamento único, procurando silenciar quem denuncia e contraria este caminho de militarização e de promoção da guerra que é feito a partir das posições da União Europeia.
Esta não é uma verdadeira proclamação nem uma verdadeira actuação de defesa da democracia.



