Declaração de Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP

Contacto com trabalhadores do Metropolitano de Lisboa

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Inseridos na ação “Mais força para os trabalhadores”, estamos aqui hoje nas oficinas do Metro a fazer um contato com estes trabalhadores, com esta realidade, com estas gente indispensável ao funcionamento do Metro em si, gente que garante que o Metro funcione, esse meio de transporte importantíssimo aqui na cidade de Lisboa. Sim, «Mais força aos trabalhadores», que precisam de mais força, naturalmente, mas precisam também de mais salários, mais direitos e melhores condições de trabalho e de vida, em particular.

Neste dia em que se antevê um aumento das taxas de juro decretadas pelo BCE, eu diria assim não precisamos mais de um aumento das taxas de juro face à situação já tão dramática que as pessoas enfrentam, situação dramática de vida com mais de 1 milhão de famílias com créditos à habitação e numa situação completamente já desesperante e, portanto, tudo o que seja a acrescentar a esta situação é um mau sinal.

A confirmar se o aumento das taxas de juro, podemos dizer que estamos perante duas realidades: a realidade em que o Banco Central Europeu decreta e a banca nacional e a banca em toda a Europa e em particular na banca nacional, continua a fazer um belo negócio. Esse negócio que lhes permite os tais quase 5 milhões € de lucros por dia. E o outro cenário, que é o cenário de apertar ainda mais, apertar ainda mais a vida das famílias, a vida das pessoas com créditos que já começam a ficar insuportável de aguentar.

E, portanto, ganha actualidade a necessidade que os lucros da banca paguem esses aumentos dos juros por um lado, e por outro, a questão fundamental e central que é o aumento dos salários e das pensões como como condição fundamental para dar resposta ao aumento do custo de vida.

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