Intervenção de Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP, Festa do Avante!

Comício da 49.º Festa do Avante!

A todos os visitantes, aos que não perdem uma Festa, aos muitos que vieram pela primeira vez, aos que regressaram, sejam bem-vindos.

Uma grande saudação para cada um de vós, obreiros desta construção colectiva que é a Festa do Avante!

Permitam-me uma saudação aos artistas, aos desportistas, a todos os que garantem a Festa e todo o seu funcionamento.

Uma saudação particular aos jovens e à Juventude Comunista Portuguesa, que são expressão viva desta Festa que fazem sua.

Amanhã lá estaremos na luta pela vida melhor e para a qual daqui saímos mais confiantes e mais fortes. 

E para o ano, aqui nos encontraremos, nos dias 4, 5 e 6 de Setembro nos 50 anos desta que é a vossa Festa, expressão de alegria, de solidariedade, de paz e de luta.

A Festa de Abril e do seu povo, a Festa da cultura, da esperança, da liberdade e da democracia. 

Enquanto há quem faça da demagogia, da hipocrisia, do desespero e do medo as suas armas, aqui afirmamos a coragem para enfrentar os tempos difíceis.

Enquanto há quem destile ódio e tudo faça para dividir a partir dos favores do capital, aqui construímos a unidade, independentemente da cor da sua pele, nacionalidade ou credo religioso.

Enquanto há quem queira propagar e prolongar o negócio da morte, aqui damos combate à guerra e aos seus apologistas. 

Aqui afirmamos o respeito pelos direitos e a soberania dos povos, e os princípios da Carta das Nações Unidas.

Aqui não hesitamos um segundo na defesa da Paz e da solidariedade, objectivos que partilhamos com as dezenas de delegações internacionais que aqui estão connosco e que fraternalmente saudamos. 

Obrigado pela vossa presença, esta é também a vossa Festa.

Levem da Festa a solidariedade para com as lutas dos vossos povos, e o compromisso de que contam com o PCP para o reforço do movimento comunista e revolucionário internacional e para alargar a frente anti-imperialista.

Vivemos num mundo em convulsão, em mudança, onde também se colocam sérias ameaças à Humanidade.

O imperialismo norte-americano, e os seus aliados particularmente da NATO e da UE, mesmo que com contradições, não olham a meios para travar a sua tendência de declínio e impor os seus ditames ao mundo.

Trump, expressão do sistema e instrumento ao seu serviço, quer dominar, submeter e de tudo fazer negócio, veja-se a negociata em torno da continuação da guerra na Ucrânia.

Ao mesmo tempo que se verga perante as taxas alfandegárias, a União Europeia decide gastar milhares de milhões de euros dos povos na compra de armamento aos EUA – é o negócio da morte no seu esplendor.

Mas apesar da chantagem, das sanções, dos bloqueios, das ingerências, apesar da guerra e dos crimes em curso, os povos resistem e lutam pelos seus direitos e soberania.

Daqui saudamos a heróica resistência do povo palestiniano. 

A Palestina não está só, conta com um persistente movimento de solidariedade que se expressa em todo o mundo, incluindo em Israel. 

A Palestina conta com a nossa solidariedade, a solidariedade do povo português, da juventude, que de forma tão empenhada e sentida também se expressa na Festa e que vai continuar no dia 16 de Setembro, em Lisboa, e que entre outras acções terá uma forte afirmação nas manifestações de 29 de Novembro – Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano –, em Lisboa e no Porto. 

Não é possível fechar os olhos ao genocídio em curso, às mãos do regime sionista de Israel, com o vergonhoso apoio dos Estados Unidos da América e da União Europeia.

O Governo português tem de reconhecer, imediatamente e sem condicionalismos, o Estado da Palestina com as fronteiras de 1967 e capital em Jerusalém Leste, e o direito de retorno dos refugiados palestinianos, tal como determinam as resoluções da ONU.

Com a coragem do povo palestiniano e a solidariedade de todos nós – Palestina vencerá!

Saudamos os trabalhadores e os povos que resistem, lutam e avançam pondo em causa a ordem imperialista; num mundo em que se desenvolvem importantes processos e cooperações multilaterais, onde a China assume um significativo papel.

Daqui enviamos um forte abraço solidário a Cuba e à sua Revolução, um abraço que se estende à Venezuela Bolivariana e ao povo venezuelano – Cuba e Venezuela que, como muitos outros países, são alvo da violenta acção do imperialismo.

Saudamos o povo sarauí e a sua luta de libertação nacional. 

Saudamos os povos irmãos de Angola, de Cabo Verde, da Guiné-Bissau, de Moçambique, de São Tomé e Príncipe, pela conquista das suas independências, numa luta convergente com o povo português que derrotou o fascismo e o colonialismo.

Saudamos os 80 anos da vitória sobre o nazi-fascismo, com o justo reconhecimento da resistência dos povos, do papel da União Soviética e do seu povo, assim como da China, que, com o sacrifício de milhões de vidas, foram determinantes para a libertação da Humanidade da barbárie nazi-fascista e do militarismo japonês.

Saudamos o povo vietnamita pelos 80 anos da proclamação da independência da sua pátria e pelos 50 anos da vitória sobre o imperialismo norte-americano.

Exemplos, entre muitos outros, de resistência heróica.

Os povos não estão condenados à exploração e às guerras, ao capitalismo e ao imperialismo.

Os povos e os trabalhadores têm, isso sim, a missão histórica de construir, com a sua força, unidade e luta, a sociedade livre da exploração e da opressão.

Um combate que travamos também aqui no nosso País.

Enfrentamos uma política ao serviço dos grupos económicos e das multinacionais, submissa às ordens e à hipocrisia da União Europeia, dos EUA e da NATO, e que abdica da soberania nacional, fragiliza o aparelho produtivo e põe em causa o desenvolvimento do País.

Uma política de confronto com a maioria, com os trabalhadores, as crianças, os jovens, as mulheres, os reformados, os estudantes, os artistas, os micro, pequenos e médios empresários e agricultores, os investigadores e cientistas, os bombeiros, as forças de segurança, os militares, uma política que usa os imigrantes e os mais desfavorecidos como bodes expiatórios das suas desastrosas consequências.

Uma política ao serviço de uma minoria que se acha dona disto tudo e a quem nunca se pergunta a nacionalidade, a língua, a religião ou a cultura e para quem há sempre mais meios, recursos públicos e leis feitas à medida.

Uma política decidida nos gabinetes do grande capital e executada agora por um Governo do PSD/CDS que mais parece uma agência de negócios dos grupos económicos.

Num País preso por arames cada problema é uma nova oportunidade de negócio.

Cada serviço encerrado ou intermitente, cada médico, enfermeiro ou técnico em falta, cada euro desviado do SNS para os grupos económicos é mais um incentivo ao negócio da doença.

Perante o drama de aguentar ou aceder a uma habitação, o Governo garante mais apoios e benesses para a banca e os fundos imobiliários, os mesmos que colocaram o País nesta situação. 

Tudo é negócio, é a TAP, os serviços mais rentáveis da CP, os portos, as auto-estradas, a infância, a velhice, a saúde, a habitação, o ensino, a ciência, a arte, a cultura e até o fogo é negócio.

É o negócio sobre a floresta, dos apetites sobre a pequena propriedade, é o mega-negócio dos alugueres dos meios aéreos.

O País não precisa destas negociatas, o País precisa é que se faça o que há muito está decidido para prevenir e combater os fogos.

Veja-se ao que chegámos e não é apenas o drama anual dos incêndios, é também a situação em diversas áreas, algumas das quais críticas.

O problema do País não é haver cada vez mais Estado, como afirmam os Mileis que por cá andam mas sempre à espera do máximo de benesses do Estado.

O problema é o desmantelamento das estruturas públicas, é haver um Estado que, por opção de sucessivos governos, tem cada vez menos meios e menos capacidade de resposta, com serviços e estruturas entregues a interesses privados, à lógica do lucro, sacrificando o que é essencial, desde logo em sectores críticos de manutenção, prevenção e segurança. 

O País que está cada vez mais fragilizado e nas mãos dos interesses dos grupos económicos e multinacionais, com consequências que poderiam e têm de ser prevenidas e evitadas. 

Isto não pode ser assim. 

O negócio deles não pode ser a degradação do País e das nossas vidas.

Reafirmam os saudosistas dos tempos da tróica que o País está melhor.

Sim, uma pequena parte do País está melhor. 

A banca, os grupos económicos, as multinacionais, os que vivem das negociatas e da grande corrupção, para esses a vida corre bem, mas para o País dos que trabalham, dos que trabalharam a vida toda, para o País da juventude e dos que cá procuram uma vida melhor, para esses a vida está difícil.

Gostariam que o povo, os trabalhadores e a juventude voltassem ao tempo do come e cala, mas estão muito enganados.

Podem ter meios poderosos, podem dominar a comunicação social e empestar as redes sociais, podem até ter um quadro institucional que facilita os seus objectivos, mas aqui ninguém se cala.

Não aceitamos um País de baixos salários e pensões, de horários desregulados, de precariedade, de dois e três empregos para pagar as contas, de pobreza e emigração, desde logo dos jovens.

Não nos calamos perante urgências fechadas, mães desesperadas e crianças a nascer sem condições de segurança.

Não aceitamos que mais um ano lectivo comece com os elevados custos para as famílias, sem os professores necessários, sem vagas nas creches e pré-escolar e com menos estudantes no Ensino Superior.

Não nos resignamos perante a falta propositada de médicos, enfermeiros, professores, técnicos auxiliares, assistentes operacionais, magistrados, forças e serviços de segurança e tantos outros em falta nos serviços públicos.

Não aceitamos mais uma redução de IRC ao grande capital para engordar ainda mais os seus 22 milhões de euros de lucros por dia. 

Não aceitamos as privatizações, as parcerias público-privadas e o País vendido ao retalho. 

Não nos calamos perante a transferência para o estrangeiro de milhões e milhões de lucros e dividendos resultantes da riqueza que é cá criada. 

Não aceitamos que num País com dois milhões de pessoas na pobreza, incluindo 300 mil crianças nessa situação, milhões de trabalhadores com baixos salários, a maioria dos reformados com pensões muito baixas, em que o custo de vida, e o preço dos alimentos, aumenta a cada dia, a grande opção do Governo, apoiado, diga-se, por outros partidos, seja vergar o País ao negócio do armamento.

O País não precisa da loucura da guerra.  

Cinco por cento do PIB por ano, é muita habitação, muitos hospitais, muitas creches e lares, muitas escolas e transportes.

Cinco por cento do PIB por ano é muita cultura, muita gente fora da pobreza, é muito interior povoado, muita floresta e território defendido, é aqui que o País tem de investir os seus recursos. 

Esta desastrosa opção é reveladora da situação a que chegámos, onde cada instrumento do sistema desempenha o papel que lhe está atribuído.

Agora é a vez de PSD-CDS governarem e executarem.

A Iniciativa Liberal é a lebre ideológica, o Chega é a fábrica de mentiras, a demagogia, e a gritaria que se sabe, e é o instrumento que o sistema criou para tentar acelerar os seus objectivos. 

É o abre latas do pior da política de direita. 

E no meio de tudo isto, temos um PS às cotoveladas com o Chega para ver quem é o mais cúmplice do Governo, para ver quem é o par favorito de um Orçamento do Estado que já sabemos que será um instrumento para acelerar o desmantelamento do SNS, o ataque aos serviços públicos, para as privatizações, para transferir recursos públicos para os grupos económicos e manter um País de salários e pensões baixas. 

Ninguém pode dizer que vai ao engano. 

A política de direita não se combate dando-lhe a mão, mas sim travando-lhe o passo.

E o PS, como sempre, parece disponível para dar as duas mãos ao Governo.

Da parte do PCP, cá estaremos para lhe dar firme combate.

É tanta submissão aos interesses do grande patronato que só se poderia esperar o pior para quem trabalha.

E o pior aí está, num pacote laboral contra os trabalhadores. 

Vendem a cartilha liberal como se fosse a última bolacha do pacote, mas desse pacote só sai mais exploração, ainda mais compressão dos salários, ainda mais precariedade, ainda mais horas e mais tempo de trabalho, ainda mais facilidade em despedir, não podemos aceitar mais um recuo na vida e nos direitos. 

Estamos perante uma declaração de guerra aos trabalhadores, desde logo aos jovens e às mulheres, e perante isto só há uma resposta possível - lutar.

Lutar por melhores salários, lutar por um posto de trabalho efectivo e um contrato permanente, lutar por horários dignos e mais tempo para viver, lutar pela redução do horário de trabalho para todas as mães e pais, para acompanharem o crescimento dos seus filhos. 

Perante os apelos e as acções que visam a divisão e o conflito entre trabalhadores, quem trabalha tem de responder com unidade. 

O Governo pode acordar o que quiser, com quem quiser e onde quiser, mas o seu pacote terá dos trabalhadores a resposta que se exige e pode ser derrotado nas empresas, nos locais de trabalho, e na rua. 

E é na rua que estaremos, no próximo dia 20 de Setembro em Lisboa e no Porto, respondendo ao apelo da CGTP-IN, a grande central sindical dos trabalhadores, que daqui saudamos. 

Lá estaremos nessa luta de todos e em particular dos mais jovens. 

Uma luta que se desenvolve em diversas frentes e sectores, essa luta que é o motor da História.

Não estamos condenados ao empobrecimento, à guerra e à perda de soberania.

Portugal não é uma província da UE, Portugal não é um apêndice dos EUA ou da NATO.

Portugal é um País soberano, com quase 900 anos de História, onde o povo encontrou sempre forças para superar dificuldades, um povo que conquistou e reconquistou a sua independência, derrotou o fascismo e se libertou da guerra.

Um povo que abriu as portas de Abril e consagrou com a luta uma das mais avançadas Constituições do mundo, essa nossa Constituição que daqui a uns meses fará 50 anos e que, apesar de mutilada, contém as respostas para os problemas que enfrentamos.

Que cada um tome nas suas mãos o projecto político da Constituição e cada um dos direitos que consagra. 

É também isto que está em discussão nas eleições para Presidente da República e é isto que torna indispensável e insubstituível a candidatura de António Filipe. 

António Filipe é o candidato dos trabalhadores, do povo, da juventude e de todos os que, independentemente das suas opções políticas ou partidárias, se revêem na Constituição e num Portugal de justiça, soberano e desenvolvido. 

Apoiar António Filipe é combater o retrocesso e abrir o caminho para a vida melhor, tal como inscreve a Constituição.

Dia 12 de Outubro teremos eleições autárquicas. 

Permitam-me desde já enviar uma grande saudação a todos os candidatos e activistas da CDU, esta grande força de trabalho, honestidade e competência, essa frente unitária e popular.

Uma saudação ao empenho, ao esforço e à militância que permitiram uma vasta participação eleitoral em todos os municípios do continente e da Madeira, na larga maioria dos Açores e em 1570 freguesias.

Esta frente unitária e popular que junta o PCP, o Partido Ecologista «Os Verdes», a Associação Intervenção Democrática, mas também muitos independentes que reconhecem na CDU a força para defender os interesses das populações em cada bairro, freguesia e concelho. 

A todos enviamos uma calorosa saudação.

As listas da CDU integram mais de doze mil candidatos sem filiação partidária, independentes que aqui não são figurinos, são, isso sim, protagonistas e construtores deste que é o seu projecto.

Aqui não nos disfarçamos de listas ditas independentes nem assinamos acordos sem coerência.

Aqui somos a CDU, a força do trabalho, honestidade e competência. 

Como nenhuns outros, vamos de cara levantada, com um projecto distintivo no Poder Local, com provas dadas e trabalho e obra realizada, cumprindo os compromissos que assumimos com as populações. 

E daqui fazemos um apelo: independentemente das vossas opções de voto passadas, dêem força à CDU.

Venham com vontade de construir, participar, intervir, são todos bem-vindos e fazem falta.

Fazem falta à CDU, fazem falta a cada uma das vossas terras.

Façamos das eleições autárquicas uma grande jornada de esclarecimento e mobilização por uma vida melhor.

Contacto a contacto, conversa a conversa, vamos confirmar as maiorias da CDU e disputar novas maiorias e mais eleitos.

O resultado da CDU é o resultado dos trabalhadores, das populações e da juventude.

Os próximos meses vão ser muito exigentes. 

São as batalhas eleitorais, mas também a luta de massas e a iniciativa política.

Cá estaremos, a tomar a iniciativa pelas questões centrais que se colocam.

Cá estaremos no combate ao pacote laboral, exigindo resposta para a questão central do aumento geral dos salários; 

Cá estaremos pelo aumento das pensões e para que 40 anos de trabalho e de descontos garantam o acesso à reforma sem penalizações;

cá estaremos para garantir o presente e o futuro do País com a concretização dos direitos das crianças e dos pais, desde logo pela criação da rede pública de creches com as vagas necessárias;

cá estaremos para salvar o Serviço Nacional de Saúde, com a valorização das carreiras e profissões, e a contratação e fixação de profissionais;

Cá estaremos pela escola pública, pela valorização e contratação de professores; por mais alojamento estudantil público e mais acção social escolar, e não faltaremos ao combate contra o aumento das propinas; 

Cá estaremos pelo investimento em habitação pública e para enfrentar a banca e os seus lucros; 

Cá estaremos pelo controlo das rendas e pela estabilidade dos contratos de arrendamento; 

Cá estaremos para fazer frente ao brutal aumento do custo de vida, exigindo o que se impõe: a regulação de preços de bens de primeira necessidade; 

Cá estaremos pela exigência do fim do genocídio e do reconhecimento do Estado da Palestina.

Não hesitaremos na proposta e lá estaremos na empresa, na escola, na rua, em cada uma das lutas. 

A situação é exigente e a curva é apertada, mas aqui está o Partido. 

Este Partido Comunista Português consciente da sua força e determinação inabaláveis e que quer mais militantes para ter mais capacidade para intervir, transformar, mobilizar pela vida a que o povo tem direito.

Este Partido cuja maior riqueza está em todos e em cada um dos seus militantes e amigos, na sua dedicação, no seu esforço e entrega sem paralelo à causa dos trabalhadores, das populações e da juventude.

Este Partido é o que é porque somos todos este grande colectivo partidário.

Um Partido com uma profunda convicção no seu projecto, ligado às massas populares e à vida, que não se resigna perante a realidade difícil do povo e dos trabalhadores, um Partido que aqui está para continuar a transformar a vida.

Um Partido que não dilui o seu ideal e projecto e essa é a maior garantia do valor que dá, como nenhum outro, à unidade e à convergência em tudo o que seja benéfico para os trabalhadores e o povo.

Convergir não é criar ilusões ou falsas saídas. Convergir é responder aos problemas de quem vive e trabalha no nosso País, é resistir e avançar.

Lutem pelas vossas vidas. 

Lutem pelos vossos direitos.

Rompam com a política que compromete os direitos, as condições de vida e o futuro do País.

Façam ouvir a vossa voz. Vamos intensificar a luta e promover a convergência, social e política, de todos, homens, mulheres e jovens que estejam disponíveis para a ruptura com a política que desgoverna o País e para a alternativa que se impõe.

A alternativa ao serviço do País, ao serviço das vossas vidas, a alternativa patriótica e de esquerda. 

É essa a convergência que faz falta, é essa a convergência para a qual estamos empenhados. 

Lutem com este Partido ligado à juventude, aos seus anseios e aspirações, com este Partido que conta com a JCP.

Vocês não são o futuro, são o presente do Partido. 

O êxito do vosso 13.º Congresso, em Novembro, será o êxito do nosso Partido.

Aqui fica o desafio: tomem nas mãos este ideal e esse mundo novo que é vosso, abracem a luta contra a opressão, a predação de recursos, a guerra, a fome e a exploração, lutem contra o Capitalismo. 

Com a vossa própria forma de estar, energia, criatividade, audácia e força, construam com o PCP, o Partido da juventude, em cada escola, universidade, bairro e local de trabalho o vosso caminho, o caminho da democracia e do Socialismo. 

A nossa luta segue o grande rio da história daqueles que lutaram, ao longo dos séculos, muitas vezes com a própria vida, por um mundo melhor.  

Nós somos os portadores da esperança, dessa esperança que se constrói todos os dias em cada luta pelos salários, pelos direitos, pelas crianças, pelo acesso à saúde, pela habitação, pela paz.

Unidos nessa luta, nesse sonho, nesse ideal.

Somos este Partido indispensável e insubstituível ao País, aos trabalhadores, ao povo e à juventude.

O Partido que não se resigna perante a exploração do homem pelo homem, e que enfrenta o poder e os interesses do capital.

O Partido da resistência, do combate e da vitória sob o fascismo, o Partido de Abril e das suas revolucionárias transformações.

O Partido da coragem, o Partido da alegria, dessa alegria só possível por quem sabe que é belo o ideal e é justa a causa por que luta.

A luta continua!

Viva a solidariedade internacionalista!
Viva a Juventude Comunista Portuguesa!
Viva o Partido Comunista Português!

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