Somente na Síria, desde 2011, já se contam 130 mil mortos; mais de 2 milhões de pessoas foram buscar abrigo em países vizinhos. Na Líbia, onde em 2011 o ditador Muamar Kadafi foi assassinado em frente às câmaras de TV após uma intervenção da OTAN, autorizada pela UE, criando condições para a continuidade dos conflitos ajuda a produzir mortos aos milhares e refugiados aos milhões.
A UE promove agora operações destinadas a desviar as atenções para os traficantes de pessoas que são majoritariamente africanos e tomar as devidas providências para que a travessia não seja feita, em nenhuma circunstância.
Depois desta catástrofe humanitária, os chefes de Estado e governo da UE preparam-se para uma eventual acção militar no Mediterrâneo. Caso as Nações Unidas e os governos rivais na Líbia estejam de acordo, a UE começaria já em junho com a formação de uma frota naval com o fim de afundar os barcos dos contrabandistas em águas nacionais líbias, ou localizá-los já em terra e destruí-los.
Pergunto à Alta Comissária como alinha esta medida com os valores europeus de respeito pela dignidade humana e pela solidariedade com as populações desfavorecidas que fogem da guerra e da fome.