Afeganistão: Governo português submisso à estratégia agressiva dos EUA e da NATO

Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

O PCP, reiterando a sua oposição à participação de forças militares portuguesas na ocupação do Afeganistão, reafirma a sua frontal condenação da decisão do governo português de reforçar a presença militar portuguesa naquele país, antecipando-se inclusive aos “apelos” da Administração Norte-Americana e à recente decisão da NATO.

A decisão da Administração Norte-Americana de intensificar a guerra no Afeganistão com o reforço do contingente militar ocupante em 30.000 homens representa um sério e adicional perigo para os povos daquele País e da região da Ásia Central.

Deixando cair a máscara da retórica em torno da “paz” e do “diálogo”, a Administração Obama vem com esta decisão demonstrar a insistência numa linha militarista e belicista do imperialismo norte-americano e a prossecução de uma estratégia que, em nome de um proclamado “multilateralismo”, visa arrastar os restantes membros da NATO e da União Europeia para a intensificação e alargamento regional da guerra do Afeganistão.

A situação caótica em que o povo afegão tenta sobreviver, a intensificação dos combates militares e dos crimes praticados pelas forças ocupantes contra populações civis, a monumental fraude política que a “eleição” de Hamid Karzai constituiu e o alastramento do conflito militar ao Paquistão, demonstram que o único caminho para a paz naquela região passa obrigatoriamente pela retirada imediata de todas as tropas ocupantes e pelo respeito pela independência e soberania do Afeganistão.

O PCP, reiterando a sua oposição à participação de forças militares portuguesas na ocupação do Afeganistão, reafirma a sua frontal condenação da decisão do governo português de reforçar a presença militar portuguesa naquele país, antecipando-se inclusive aos “apelos” da Administração Norte-Americana e à recente decisão da NATO.

Tal decisão é contrária aos interesses e segurança nacionais, afronta o texto e o espírito da Constituição da República Portuguesa, e confirma a linha do anterior e do novo Governo PS de completa submissão da política externa portuguesa e da política de defesa nacional aos interesses dos EUA e da NATO.

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