Os Estados Unidos da América confirmaram no mês passado o reforço da sua assistência em matéria de defesa à Ucrânia, invocando a necessidade de Kiev assegurar a soberania sobre o seu território e «construir a sua defesa a longo prazo». Em causa está a venda de armamento ao governo ucraniano, designadamente mísseis antitanque no valor de 47 milhões de dólares, e espingardas automáticas, incluindo para franco-atiradores, no valor de 41 milhões de dólares.
O Departamento de Estado norte-americano defende que «a ajuda é totalmente defensiva» e visa «dissuadir futuras agressões», mas o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo insiste que isto só pode alimentar mais ofensivas no Donbass por parte daqueles que não querem realizar negociações de paz preferindo a força das armas até abater a população local que reclama a independência.
Pergunto à Alta Representante como avalia esta venda de armamento, designadamente ao nível do seu impacto na implementação dos acordos de Minsk de 2015 e que medidas concretas pretende levar a cabo para evitar o reacendimento da guerra naquela região que já provocou entre 2014 e 2015 cerca de dez mil mortos.