O raide aéreo que matou 18 civis no Afeganistão, realizado na província de Logar, terá sido ordenado unilateralmente pelos ocupantes, durante uma operação conjunta com as forças afegãs, cujo objectivo era a captura de um alegado comandante talibã. Assim o sustentam as autoridades de Cabul, para quem o acontecimento é "injustificável" e "inaceitável" e viola, pela quinta vez desde a sua assinatura, os termos do chamado pacto de segurança estratégica subscrito na passada Primavera entre a NATO e o "governo" do Afeganistão.
O comandante das tropas da Aliança Atlântica no Afeganistão, John Allen, pediu desculpa pela morte de civis, mas a declaração só surgiu depois de mais uma tentativa de encobrimento do massacre.
Inicialmente, as forças da NATO afirmavam que o ataque havia vitimado “muitos insurgentes” e que só duas civis haviam sido feridas no bombardeamento, mas as imagens recolhidas pelo correspondente da AFP no local deitaram por terra esta argumentação e desvendaram que entre os mortos estavam cinco mulheres e sete crianças, a mais nova das quais com cerca de um ano.
Em face do exposto, perguntamos à Alta Representante/Vice-Presidente :
1. Qual a posição da UE face a mais este bombardeamento e à continuação da chacina de civis pela NATO no Afeganistão?
2. Que medidas tomou ou vão ser tomadas para impedir a continuação desta chacina?