Também, neste caso, o compromisso final acabou por ter em conta várias das críticas que fazíamos à proposta inicial, designadamente quanto a índices de redução, a metas, medidas e calendários para a redução dos riscos e perigos associados aos pesticidas e da dependência em relação aos pesticidas. Parece-nos mais razoável não quantificar essas metas logo à partida, para não criar cada vez mais entraves à prática agrícola de pequenas dimensões.
Igualmente consideramos positivo que mantenha a isenção da obrigatoriedade de inspecção de equipamentos e acessórios abrangidos na proposta inicial da Comissão Europeia, e que tenha caído a obrigatoriedade de todos, incluindo aqueles que são usados em pequenas explorações familiares.
Consideramos que essa diferenciação - prática e de princípio – entre as explorações familiares e a agro-indústria intensiva, deve estar presente em toda e qualquer decisão. A propósito, convém sempre lembrar que não foram as explorações agrícolas familiares e o modo de produção não intensivo que provocaram as “vacas loucas”, as dioxinas, os nitrofuranos e outros desastres alimentares...
Daí o nosso voto favorável ao compromisso.