São diversas as emissões atmosféricas, de origem humana, susceptíveis de interferir com o clima terrestre.
Mas a abordagem da União Europeia à problemática das alterações climáticas tem vindo a centrar-se, quase exclusivamente, no dióxido de carbono.
A tal não será alheio o facto de ter sido este composto o eleito para a montagem de um esquema de geração bilionária de activos financeiros fictícios, através do chamado mercado do carbono.
Entretanto, onde foram já experimentadas, as chamadas soluções de mercado - que, em tese e na prática, se têm aplicado também a outros compostos - não demonstram a sua proclama virtuosidade. Bem pelo contrário, estas soluções têm demonstrado serem ineficazes e perversas.
Impõe-se por isso, em alternativa às chamadas soluções de mercado, uma abordagem normativa à limitação das emissões de gases susceptíveis de interferir com o clima terrestre. Que tenha em conta as potencialidades abertas pelos avanços científicos e técnicos, a situação concreta de cada país e a imprescindível alteração profunda do modo de produção actualmente dominante à escala mundial.