Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Um mercado único para as empresas e o crescimento

É mais um relatório do pacote relativo à comunicação da Comissão sobre o Acto para o Mercado Único, cuja proposta dá continuidade ao relatório de Mário Monti intitulada " Uma nova estratégia para o Mercado Único".

É mais um hino à livre concorrência, embora matizado com algumas pinceladas verdes e rosa, para disfarçar a dinamite que está no presente enviado aos trabalhadores, às PME e à maioria das populações sobretudo dos países de economias mais frágeis.
Vejamos alguns exemplos de pontos inscritos no relatório, designdamente sobre a energia:

"Assinala a importância de um mercado interno de energia plenamente operacional; sublinha que o mercado interno da energia deve contribuir para a manutenção dos preços da energia acessíveis, tanto para as empresas como para os consumidores". Ora, basta ver o que se passa com a realidade portuguesa, para saber que a liberalização levou à privatização, a preços elevados para empresas e consumidores e em lucros superiores a mil milhões de euros para os accionistas da EDP ou algo idêntico para a GALP e outras empresas desta área da energia.

Algo de semelhante poderia ser dito sobre outros sectores, como os correios, as telecomunicações para já não falar do sector financeiro.

Por isso, votámos contra este relatório.

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