Este relatório está envolto em muitas contradições. É verdade que o comércio retalhista sofre ataques sérios, sobretudo em países onde este comércio é exercido por micro e pequenas empresas do tipo familiar e onde, nalguns casos, o poder de compra das populações está a diminuir e, sobretudo, em zonas menos urbanas, onde desempenham um papel social importante, e onde se vivem momentos de angústia.
Mas no relatório esquece-se a causa fundamental desta situação e não se critica devidamente a liberalização do comércio, a proliferação das grandes superfícies, as consequências das liberalizações e privatizações, a baixa de poder de compra das populações, o agravamento das taxas de juro, as dificuldades de crédito.
Pelo contrário. Insiste-se na criação do mercado interno, o que agrava as dificuldades das pequenas empresas de comércio retalhista.
Daí não termos votado favoravelmente este relatório.