Um exercício de anti-comunismo e de falsificação histórica

O debate hoje realizado no Parlamento Europeu sobre os 30 anos do fim da União Soviética constituiu um grotesco exercício de anti-comunismo e de falsificação histórica.

Um debate que demonstrou que aqueles que promoveram o seu agendamento não perdoam e querem fazer esquecer que a União Soviética foi o primeiro país do mundo a pôr em prática, ou a desenvolver como nenhum outro, direitos sociais fundamentais, como o direito ao trabalho, a jornada máxima de 8 horas de trabalho, as férias pagas, a igualdade de direitos das mulheres, os direitos e protecção da maternidade, o direito à habitação, a assistência médica, o sistema de segurança social e a educação públicas, gratuitas e universais.

Não perdoam e querem fazer esquecer que a União Soviética erradicou o analfabetismo e generalizou a escolarização e o desporto, eliminou o desemprego, garantiu e promoveu os direitos das mulheres, das crianças, dos jovens e dos idosos, o desenvolvimento da expressão artística, conquistou um elevado nível científico e técnico, colocou em prática formas de participação democrática, incrementou os valores da amizade, da solidariedade, da paz e cooperação entre os povos.

Não perdoam e querem fazer esquecer que foi a União Soviética que deu um contributo determinante para a vitória sobre o nazi-fascismo – a forma mais brutal que o capitalismo já assumiu –, numa luta heroica que custou mais de vinte milhões de vidas.

Não perdoam e querem fazer esquecer que foi a União Soviética que apoiou os povos que optaram pela construção de sociedades socialistas, a conquista por parte de milhões de trabalhadores de direitos e liberdades, os movimentos de libertação nacional que levaram à conquista da independência de numerosos povos e à derrota do colonialismo.

Ao mesmo tempo, os promotores deste debate querem igualmente esconder que com o fim da URSS o mundo assistiu ao aumento da exploração, do ataque a direitos sociais e laborais, das injustiças e desigualdades sociais, da negação de liberdades e direitos democráticos, da usurpação e destruição de recursos, da ingerência e da agressão à soberania nacional, do militarismo e da guerra.

Os que querem esconder que o capitalismo condena milhões de seres humanos à mais violenta exploração, à precariedade, ao desemprego, à pobreza, à fome, à guerra, ao sofrimento, à destruição, que condena povos inteiros ao subdesenvolvimento, à dependência, à opressão.

Os que querem esconder que o capitalismo não só é incapaz de dar resposta aos problemas da Humanidade, como os aprofunda, estando em confronto com as necessidades, os direitos, os interesses, as aspirações dos trabalhadores e dos povos.

Um debate no Parlamento Europeu que serviu, afinal, para que os seus promotores dessem azo ao seu anti-comunismo, sob o qual escondem concepções e intentos reacionários e anti-democráticos.

Não contem connosco para falsificar a História, para branquear o capitalismo e denegrir o que foi e o que significou a construção do socialismo na URSS e noutros países, as suas realizações políticas, económicas, sociais, culturais e científicas, o seu papel como poderoso factor de progresso, de paz mundial e no avanço do processo de emancipação social e nacional alcançado pelos trabalhadores e os povos no Século XX.

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