As técnicas de edição genética ou de ADN permitem a modificação directa do material genético de células. Seccionam a cadeia de ADN em locais específicos para mudar, apagar ou introduzir novas sequências de bases nucleotidicas.
Estas técnicas, aplicadas em organismos vegetais ou animais, podem induzir efeitos inesperados gerando resultados fora de qualquer controlo. Nesta medida, todas estas técnicas devem ser acompanhadas por estudos de impacto que possam proteger a saúde pública. Além disto a eventual presença de substâncias provenientes destas técnicas na cadeia alimentar deve igualmente pautar-se por rigorosas medidas de transparência e informação.
Importa lembrar que o Comité Internacional de Bioética da Unesco pediu no passado mês de Outubro uma moratória sobre as técnicas de edição de ADN das células reprodutoras humanas, a fim de evitar uma modificação "contrária à ética" das características hereditárias dos indivíduo.
Pergunto à Comissão Europeia que garantias de segurança pode oferecer aos consumidores sobre a presença destas substâncias na cadeia alimentar e se pretende incluir a técnica de edição genética no Regulamento sobre Organismos Geneticamente Modificados.