Durante o período de Verão, mais concretamente desde o passado mês de Julho, a CP procedeu a uma redução na frequência de circulação de comboios na linha de Guimarães, tendo, aparentemente extinto seis ligações, segundo as informações de que dispomos, duas ao fim de semana e quatro nos restantes dias úteis.
Aos sábados e domingos terão sido cortadas uma ligação na parte da manhã, com destino a Guimarães e uma outra, igualmente durante a manhã, com sentido inverso.
Durante os dias úteis foram extintas quatro ligações, todas na parte da tarde, duas com destino a Guimarães, duas outras em sentido inverso.
Perante estas informações muito preocupantes, e algumas explicações públicas atribuídas a responsáveis da CP, invocando "a necessidade de adequar os serviços da empresa a procura existente", somos levados a procurar conhecer melhor as justificações da empresa.
Por isso, e ao abrigo das disposições regimentais e constitucionais aplicáveis, solicita-se ao Governo que, por intermédio do Ministério da Economia e Emprego responda com urgência as seguintes perguntas:
1. Confirma-se que a CP eliminou em Julho passado seis ligações ferroviárias diárias na linha de Guimarães, quatro em cada um dos cinco dias úteis (duas em cada sentido) e mais duas aos sábados e domingos (uma em cada sentido)?
2. A supressão destas seis ligações na linha de Guimarães foi ou não determinada para vigorar apenas no horário de Verão? Ou será, pelo contrário, que é intenção da CP que esta supressão de ligações passe a vigorara por tempo
indeterminado?
3. Neste Último caso que justificações tem o Governo para uma decisão que vai, (está já a) prejudicar as populações servidas por estas ligações na linha de Guimarães? Confirma-se ser verdadeira a invocação de baixa procura das ligações eliminadas? O que fez a CP para aumentar a procura?
4. Que acções em concreto - ao nível da divulgação e dos preços - desenvolveu a CP para retirar passageiros ao transporte individual e a outros modos de transporte?
5. Como se pode entender essa baixa procura numa altura em que há milhares de pessoas - em consequência das políticas cegas de austeridade - a procurar e utilizar os transportes públicos?