Nota do Gabinete de Imprensa dos Deputados do PCP ao PE

Solidariedade com os povos da América Latina e Caraíbas

Sandra Pereira, deputada do PCP no Parlamento Europeu e membro da Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana (EUROLAT), participou no XXV Encontro do Fórum de São Paulo, que teve lugar 25 a 28 de Julho, em Caracas, República Bolivariana da Venezuela, tendo integrado a delegação do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia / Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL).

O XXV Fórum de São Paulo, que se realizou subordinado ao tema “Pela Paz, a Soberania e a Prosperidade dos Povos: Unidade, Luta, Batalha e Vitória!”, contou com a participação de quase duas centenas de partidos, organizações e forças democráticas, progressistas e revolucionárias da América Latina e Caraíbas, bem como de convidados oriundos de África, América do Norte, Ásia e Europa.

A luta contra o imperialismo e a sua estratégia de ingerência e agressão, a defesa da soberania e do direito à autodeterminação dos povos, a necessidade do reforço das forças e processos progressistas na América latina e Caraíbas assim como a defesa da paz nortearam as múltiplas actividades que tiveram lugar no Fórum.

Particular destaque mereceu a denúncia e condenação da agressão dos EUA e seus aliados contra a Venezuela e da desestabilização contra a Nicarágua, a exigência do fim do bloqueio norte-americano contra Cuba, a campanha pela libertação de Lula da Silva, ou a denúncia do crescimento da extrema-direita, temas que trespassaram os momentos políticos e a declaração final do Fórum.

À margem do Fórum, a deputada do PCP no PE participou nas reuniões da delegação do GUE/NGL com Nicolás Maduro, Presidente da República Bolivariana da Venezuela, com Tânia Díaz, Vice-presidente da Assembleia Nacional Constituinte, e com Jorge Arreaza, Ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo da Venezuela.

Estes contactos permitiram aprofundar o conhecimento sobre os impactos das violentas sanções que os EUA impõem, à margem do direito internacional, contra a Venezuela e o povo venezuelano desde 2015 - sanções económicas, comerciais e financeiras que se vêm agravando, numa estratégia de isolamento e asfixia económica do país, com graves consequências para o povo venezuelano.

Igualmente esteve presente o roubo de mais de 7 mil milhões de euros, ilegalmente retidos, em instituições financeiras, a mando da Administração norte-americana de Trump – como acontece com os mais de 1600 milhões de euros roubados pelo Novo Banco, em Portugal.

Estas reuniões constituíram mais uma oportunidade para afirmar a solidariedade do Partido Comunista Português com a luta e resistência da Venezuela, e de denunciar, nomeadamente no Parlamento Europeu, as consequências desta agressão ao povo venezuelano, que também compromete os interesses da imensa comunidade portuguesa residente na Venezuela.

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