Intervenção de João Ferreira no Parlamento Europeu

Sobre os últimos dados do Eurostat sobre o desemprego

Os dados do Eurostat agora divulgados sobre o desemprego são um vivo libelo acusatório que pende sobre esta União Europeia e as suas políticas.

Em Portugal, o desemprego geral atinge já os 14%. 31%, no caso do jovens. Algo nunca visto em 38 anos de democracia.

São números que comprovam as consequências dramáticas do programa de agressão do FMI e da UE: mais recessão, mais desemprego; aumento brutal do custo de vida; ataque aos serviços públicos, como a saúde e os transportes; a tomada de assalto de sectores estratégicos da economia do país; mais desigualdades, mais pobreza.

São números e factos que deitam por terra a retórica vazia do "crescimento e emprego" que saiu do último Conselho Europeu.

Ao mesmo tempo, a dívida externa - a justificação usada para este sórdido programa - crescerá em 2012, sujeito que está o país à agiotagem e à predação dos seus recursos, por via dos juros da dívida.

Este é um caminho sem outra saída que não o desastre. Desastre que pode ser evitado, com uma outra política. São cada vez mais os que a reclamam, em Portugal e por toda a Europa.

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