A resolução encerra em si um tom federalista, defendendo a UE como um bloco único e homogéneo, instando a CE a apresentar propostas orientadas para a harmonização no domínio de transporte de passageiros e mercadorias, particularmente nos sistemas de portagem eletrónica.
A resolução é omissa quanto ao papel que as políticas de austeridade a par das políticas de privatização e de desinvestimento estatal nas redes de transportes públicos e nas infraestruturas rodoviárias e às consequências sobre o estado das infraestruturas rodoviárias, aos congestionamentos ou à poluição.
Configura-se no texto, mais uma ofensiva aos direitos dos trabalhadores. Afirma que as diferentes legislações nacionais em matéria de direitos e condições sociais no setor dos transportes rodoviários da UE geram entraves administrativos consideráveis e desproporcionados para os operadores pelo que defende a harmonização da legislação laboral, de modo a diminuir/eliminar os entraves administrativos, a complexidade do quadro jurídico e os obstáculos à livre circulação de serviços e mercadorias, em benefício do mercado único.
Ademais, apela à criação de uma agência europeia do transporte rodoviário, defende o princípio do «utilizador-pagador» e do «poluidor-pagador».
Ausente, qualquer referência ao sector dos transportes como estratégico para o desenvolvimento de qualquer país, e da necessidade de políticas públicas de transporte rodoviário.
Votámos contra.