É a «coligação» militar liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos EUA, Reino Unido e França, que tem bombardeado campos de deslocados internos e alvos civis.
São as armas produzidas naqueles países e noutros da UE, que mataram cerca de 16000 pessoas nesta guerra, dois terços das quais civis, e feriram mais de 55 mil. Cerca 22 milhões de pessoas no Iémen enfrentam a pior crise humanitária do mundo, 8,4 milhões severamente afectados pela fome. Situação que se agrava com as restrições da Arábia Saudita à importação de alimentos e combustível.
São estes países que silenciam os crimes de guerra e a repressão dentro da própria Arábia Saudita, maquilhando aquele tenebroso regime de uma pretensa “modernização”.
Urge a mobilização dos povos pela paz, pelo fim de um gigantesco crime contra o povo iemenita, contra o cinismo do imperialismo, da União Europeia e das suas potências militares.
Se priorizássemos a análise no enredo da resolução e na equidistância que perpassa o documento, como se fosse possível tratar as partes envolvidas no conflito de forma igual, ele mereceria o nosso voto contra.
Contudo, é o interesse imediato de parar o banho de sangue, e a referência explícita ao fim da venda de armas à Arábia Saudita que determinou a nossa abstenção.