Acompanhamos a preocupante evolução do quadro político na Hungria, imposto pelo actual governo Húngaro. Rejeitamos as políticas racistas, xenófobas, de pendor autoritário e antidemocrático e condenamos diversas medidas como a repressão e o aprisionamento de refugiados em campos de contentores, bem como a edificação de muros na fronteira com a Sérvia, medidas que não estão nem distantes nem desligadas da política da UE para os refugiados. Opomo-nos firmemente à limitação de direitos civis e políticos dos cidadãos húngaros e às medidas que pretendem apresentar como heróis nazis e fascistas húngaros e reprimir as forças progressistas neste país.
No entanto, entendemos que as resoluções em discussão, mais do que expressarem a legitima e necessária solidariedade com os trabalhadores e o povo húngaro, promovem abertamente mecanismos de ingerência, chantagem e sanções a países soberanos, seja por via da invocação do Artigo 7º do TUE, seja por via de qualquer “mecanismo para a democracia, o estado de direito e direitos fundamentais”, instrumentos de ingerência externa e de condicionamento da política interna de cada país, que rejeitamos liminarmente.
Exemplos de como as políticas da UE têm promovido políticas racistas, xenófobas e contribuído para o reforço e crescimento da extrema-direita na Europa.
Abstivemo-nos.