Esta resolução prossegue uma linha de ingerência e interferência externa relativamente à situação política e social da Bielorrússia tendo em vista a sua mudança interna, confluindo com os interesses da União Europeia. Apesar de identificar o que identificam como uma aproximação da Bielorrússia à UE, a resolução prossegue com um chorrilho de considerações, recomendações e exigências que são absolutamente inaceitáveis numa lógica de relações institucionais com um Estado soberano e que violam o direito internacional. Pede reformas para o sistema eleitoral bielorrusso falando de democratização do país. Tece considerações sobre o sistema judicial e os princípios do estado de direito naquele país. Promove o apoio externo a organizações e fontes de informação, ditas independentes, que, claro, se posicionem em directo confronto com o governo bielorrusso. Apresenta críticas ao modelo de desenvolvimento do país que visam o seu condicionamento. Alimenta a abordagem de cerco à federação russa.
Independentemente de considerações quanto modelo económico, social e político de desenvolvimento daquele país, entendemos inaceitável a permanente sobranceria da UE perante países terceiros, ousando dar lições e interferir directamente, onde não tem que interferir, promovendo a desestabilização dos Estados. Cabe a cada povo, no quadro da sua suprema soberania, decidir dos rumos e das vias de desenvolvimento do seu país.
Votámos contra.