Cerca de um milhão de Rohingya, principalmente no estado de Rakhine, continuam a ser alvo de perseguições e descriminações. Trata-se da maior população apátrida no mundo, uma minoria muçulmana étnica num país budista muito radical. A ONU fala há um ano de que os abusos se aproximam de "genocídio". A 25 de agosto, um grupo armado de Rohingyas (ARSA) liderou um ataque contra algumas estações de polícia. As represálias do exército do Myanmar foram severas. Centenas de mortos contra 11 policiais mortos.
Quase 650 000 Rohingyas fugiram para Bangladesh desde 25 de agosto de 2017, para além de que 200 000 a 300 000 refugiados Rohingya chegaram ao país nas últimas décadas.
Partilhamos da condenação da discriminação e horrível violência contra os Rohingya e apelamos à cessação da violência, dos assassinatos e dos estupros.
Entendemos que deve ser permitido o acesso das Nações Unidas às regiões, onde este acesso lhe tem sido bloqueado e onde estão os Rohingya, para que se possa apoiar estas populações nomeadamente com ajuda humanitária. Sublinhamos a necessidade de diálogo entre todas as partes envolvidas com a mediação da ONU com vista à solução desta gravíssima situação.