Na semana passada, no quadro da União das Nações Sul-Americanas (UNASUL), por iniciativa do Presidente da Venezuela Nicolas Maduro, estabeleceu-se uma equipa de negociações liderada pelo anterior Presidente Dominicano, Leonel Férnandez, e que conta também com o ex-Presidente do Panamá Martin Torrijos e o ex-primeiro ministro espanhol José Zapatero, com vista ao diálogo político e económico, envolvendo não só o Governo como a oposição Venezuelana. Um estímulo ao diálogo valorizado pelo Secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon.
Saíram hoje notícias de que Luís Almagro, por via da OEA, pretende invocar a Carta Democrática sobre o Estado da Venezuela, numa manobra que se circunscreve no processo de desestabilização, ingerência e intervenção movido por interesses imperialistas americanos e europeus sobre aquele país, envolvendo organismos regionais, e que visa, explicitamente, a destituição de um Governo e um Presidente com legitimidade democrática.
Na última sessão de Estrasburgo, a VP/AR terminou a sua alocução sobre a Venezuela pedindo o apoio expresso do PE para intervir sobre aquele país.

Assim pergunto ao Conselho:
1. Que avaliação faz da necessidade de se aprofundar um processo de diálogo entre o Governo Venezuelano e a oposição, com vista à manutenção da estabilidade do país?
2. Especificamente a que apoio se refere a VP/AR e com que propósitos?