Esta resolução está corroída por um defeito nuclear. É absolutamente parcial, ignorando uma perspectiva global para a questão. Ao mesmo tempo que lança ferozes críticas à Rússia ou à República Popular e Democrática da Coreia, despindo-as de contexto e enquadramento regional, omite o papel que os EUA e as potências nucleares europeias (França e Reino Unido) têm assumido neste particular, nomeadamente prosseguindo a renovação do seu arsenal nuclear, a par de um cada vez maior cerco à Rússia pela NATO. Registamos a total ausência de condenação à política nuclear de Israel, ou a ausência de critica à crescente militarização da UE, da intenção de aumento dos orçamentos militares dos Estados, do aprofundamento da PCSD, da pretensão de uma União Europeia de Defesa paralela à NATO, da descentralização de armas pelos EUA por diferentes países.
Por outro lado, é absurdo, e no entanto revelador, que não haja qualquer referência à imperiosa defesa da paz, por oposição ao cenário apocalíptico que pode resultar de um conflito nuclear à escala mundial.
Por estas razões votámos contra.