Registamos neste relatório o tom mais cuidadoso e subtil com que o processo de adesão é abordado demonstração da hipocrisia com que uns e outros são tratados em função da sua relevância geoestratégica e política.
Cuidados que não serão alheios ao recente e criminoso acordo assinado com a Turquia, numa inaceitável resposta à crise humanitária de refugiados e migrantes da UE. Esta resolução elogia-o e aceita-o, branqueando-o com aparentes “preocupações”. Recordamos que o avanço nestas negociações serviram de moeda de troca para a celebração do hediondo acordo.
Um acordo que se implementa com acções criminosas quer da UE quer da Turquia em claro confronto com o Direito Internacional.
O texto omite, mas não esquecemos a postura repressiva do poder na Turquia, o terrorismo de Estado que perpetra, o conflito com os Curdos, ou o apoio ao chamado Estado Islâmico na Síria.
A resolução aponta, porém, algumas linhas orientadoras para a necessidade da resolução do conflito em Chipre, que mantém parte do seu território ocupado por forças militares turcas, perspectiva que poderá contribuir para a necessária e esperada reunificação de Chipre, e que apoiamos e valorizamos.
Votámos contra.