O relatório diz respeito à solicitação do levantamento da imunidade parlamentar ao deputado ao Parlamento Europeu, Jean-François Jalkh, na sequência de uma acção judicial relativa a um alegado delito de incitamento à discriminação, ao ódio ou à violência contra uma pessoa ou um grupo de pessoas por motivo da sua origem ou da sua pertença ou não pertença a uma etnia, nação, raça ou religião específica, punível pela legislação francesa.
A queixa diz respeito a declarações de Jean-Marie Le Pen sobre o cantor Patrick Bruel, que havia afirmado não actuaria nas cidades que elegessem um presidente de câmara da Frente Nacional, onde afirmou: «Isso não me espanta. Ouça, far-se-á uma fornada na próxima vez». Jean-François Jalkh era director de publicações do sítio Internet oficial da Frente Nacional que difundiu estas declarações. Não era, à data, deputado ao Parlamento Europeu.
As acusações não se relacionam com o exercício dessas funções. Referem-se a actividades de natureza meramente nacional ou regional, nomeadamente às eleições locais e ao seu cargo de director de publicações da Frente Nacional. Nada faz suspeitar da existência de uma tentativa de obstrução ao trabalho parlamentar de Jean-François Jalkh por detrás do inquérito judicial instaurado na sequência da queixa.
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