A acrilamida é um composto químico presente nos alimentos, que é formado a partir de asparagina e açúcares livres, substâncias naturalmente presentes, durante o processamento a alta temperatura, como a fritura, o assar e a cozedura.
A população é exposta a esta substancia através da cozinha caseira, mas também dos alimentos industrialmente processados.
Os lactentes, as crianças de tenra idade e outras crianças são o grupo etário mais exposto, tendo em conta o seu peso corporal inferior. Sabe-se que as crianças, por terem um metabolismo mais elevado, tornando mais provável que uma taxa mais elevada de produção de glicidimida (metabolizado a partir da acrilamida), reforçando a possibilidade da toxicidade da acrilamida nas crianças.
A manutenção de teores elevados de acrilamida nos alimentos pode ter efeitos adversos na saúde dos consumidores, o que torna importante reduzir e manter os seus níveis abaixo dos valores de referência nos alimentos, em particular nos «alimentos para bebés, alimentos transformados à base de cereais para lactentes e crianças pequenas, à exceção de bolachas e tostas».
A resolução solicita o estabelecimento de teores máximos rigorosos num conjunto de categorias alimentares para lá das propostas pela Comissão, que falha na definição de medidas que salvaguardem a saúde das pessoas, em benefício das grandes empresas da industria alimentar.