O número de mortos no Mar Mediterrâneo, fruto do fluxo migratório de refugiados, aumentou significativamente este ano, registando-se já 3930 mortes, o maior número dos últimos 7 anos, valor que, lamentavelmente poderá aumentar ainda substancialmente, entrando os últimos meses invernais do Inverno.
Na semana passada, as notícias reportaram a investigação em Itália sobre oficiais da marinha, por possível responsabilidade no afogamento de 300 refugiados em 2013, ao largo de Malta, por falharem o devido auxílio à embarcação que se afundava, transportando mais de 480 pessoas entre as quais pelo menos 100 crianças. A situação envolve o atraso na resposta e remeter a intervenção para a guarda costeira maltesa.
Nos tempos recentes, várias têm sido as notícias de acções de repressão sobre embarcações de refugiados por parte de algumas guardas costeiras, nomeadamente a Turca e a Líbia, com quem a UE consagrou acordos de externalização de fronteiras, mas também da FRONTEX, pondo em risco a vida dos refugiados a bordo.
Pergunto à Comissão:
Que elementos tem sobre este caso?
Que avaliação faz da intervenção das guardas costeiras dos Estados-Membros a intervir no Mediterrâneo, mas também da FRONTEX e de guardas costeiras de países terceiros?
Como justifica estes inúmeros casos de negligência ou agressão a embarcações de refugiados?