Nascido em Sacavém, em 16 de Fevereiro de 1935, começou aos 12 anos a trabalhar na Fábrica de Loiça de Sacavém onde até 1957 conviveu diariamente com pintores, escultores e operários fabris, que o influenciaram na sua decisão de fazer fotojornalismo. Surpreendeu quando aos 12 anos publica a sua primeira fotografia, com honras de primeira página, no Diário de Notícias.
Fotógrafo de Abril, Eduardo Gageiro foi homenageado na Festa do Avante!, em 1999, com uma exposição de 25 fotos tiradas no dia 25 de Abril de 74. Manuel Gusmão, na abertura da exposição, agradeceu ao artista “pela sua arte que constrói imagens do mundo, que condensam tempo e contam mais história que só a arte sabe contar”.
Eduardo Gageiro foi repórter fotográfico no Diário Ilustrado, foi fotógrafo no Século Ilustrado, Eva, Almanaque, Match Magazine, da Assembleia da República e da Presidência da República. Foi editor da revista Sábado, desde a fundação da revista até ao seu término. Colaborou ainda com vários jornais e revistas internacionais.
Com uma obra ímpar, em que se cruzam as suas fotos, com os textos de grandes escritores, destacamos: “Gente” com texto de José Cardoso Pires; “Mulher” com texto, de Maria Velho da Costa; “Estas Crianças Aqui”, com texto de Maria Rosa Colaço; “Lisboa Operária”, com texto de David Mourão Ferreira e “Fotos de Abril”, com textos de 25 escritores. Livros que são uma referência no mundo do fotojornalismo.
A excelência do seu trabalho enquanto fotógrafo e fotojornalista, fez dele um dos grandes nomes da fotografia e do fotojornalismo em Portugal, sendo também um dos mais premiados e galardoados fotógrafos portugueses.
Premiado em dezenas de países, realizou centenas de exposições nos cinco continentes, destacando-se uma grande retrospectiva da sua obra, com 222 fotografias, expostas no Museu Mundial de Arte de Pequim em 2007.
Com a sua morte, deixa de estar entre nós uma figura maior da arte e da cultura portuguesa.
À família de Eduardo Gageiro, o Secretariado do Comité Central do PCP, envia os mais sentidos pêsames.