As questões da língua gestual e da existência de intérpretes é de extrema pertinência, face à continuada desconsideração com os direitos das pessoas surdas e dos seus familiares.
A resolução integra muitas das questões sobre as quais nos temos vindo a pronunciar apresentando propostas concretas e que passam, entre outras, por:
- a necessidade de assegurar apoio técnico aos alunos surdos, incluindo a interpretação;
- dinamizar serviços que promovam uma política inclusiva, procurando contrariar os factores de exclusão, nomeadamente no acesso ao emprego, a que os surdos estão sujeitos;
- pautar pelo reconhecimento das línguas gestuais como línguas oficiais;
- envolver as associações de surdos na definição de políticas;
- melhorar a situação profissional dos intérpretes e dos professores de língua gestual, equiparando-os a profissionais equivalentes;
- permitir às pessoas e crianças bilíngues a entrada em escolas que usam a Língua Gestual;
- desenvolver tecnologias que permitam o acesso a serviços de emergência ou outros.
A resolução, de carácter eminentemente técnico, salienta de forma correcta as necessidades das pessoas surdas. Razões que motivaram o voto favorável.