Portugal registou este Verão, números históricos de incêndios e área ardida, alguns de brutais proporções e consequências.

Dois meses volvidos após a aprovação de reforço orçamental do Fundo de Solidariedade, importa apurar os montantes efectivamente disponibilizados para o país, bem como compreender como foram mobilizados e de que forma se efectivou o apoio às vítimas e às populações, por um lado, na recuperação ecológica e estrutural por outro.

Mas tomamos esta oportunidade para reforçar o que há muito defendemos: a necessidade de modificar as regras de mobilização do Fundo, assegurando uma mobilização mais flexível, atempada e cobrindo um leque mais amplo de catástrofes.

Mas igualmente, afirmar que defender a floresta e prevenir os fogos exige outra política e meios financeiros e humanos. A abordagem comunitária à prevenção de catástrofes e muitas das propostas que em 2010 este parlamento aprovou, de que destaco a proposta de criação de um quadro financeiro apropriado à prevenção de catástrofes capaz de financiar ações em domínios como o ordenamento florestal ou a manutenção da atividade agrícola em áreas afetadas pelo despovoamento, está ainda longe de ser implementada.