Pergunta Escrita à Comissão Europeia de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu

Sobre as imposições à TAP no âmbito do seu plano de reestruturação

No passado dia 16 de junho, a Comissão Europeia (CE) impôs à TAP, companhia de aviação pública de um país soberano, a abdicação de 18 faixas horárias a favor de uma companhia privada, a Easyjet.

No comunicado de imprensa publicado aquando da aprovação do plano de reestruturação da TAP, a CE afirmava que a TAP reduziria a frota até ao final do plano de reestruturação, racionalizando a sua rede e ajustando-se às previsões mais recentes que estimam que a procura não irá recuperar antes de 2023 devido à pandemia de coronavírus. Uma imposição contrária aos interesses da companhia e das necessidades para garantir o seu crescimento e viabilidade, e que impõe simultaneamente o despedimento de centenas de trabalhadores.

A realidade provou que as previsões estavam erradas e menos de seis meses depois, a procura recuperou para valores acima dos pré-pandemia.
Face ao exposto pergunto à CE:

1. porque razão insiste na redução da atividade da TAP, quando a procura aumenta e se abrem possibilidades de mercado de recuperação da operação?

2. se impôs o mesmo a outras companhias de aviação que beneficiaram de auxílios estatais?

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