Outro relatório que não se distingue de anteriores, prosseguindo a política militarista, securitária e de ingerência externa que caracteriza a acção da UE. Centra, sem novidade, a justificação desta deriva securitária nas supostas ameaças com que a UE se confronta, a Leste pela Federação Russa e a Sul pelo terrorismo e o radicalismo islâmico.
Omite-se em absoluto as responsabilidades da UE na escalada de tensões a leste e na promoção do chamado “radicalismo islâmico” que tem justificado acções de agressão e ingerência no Médio Oriente e Norte de África. Apresentando cinicamente a UE como um projecto de sucesso e prosperidade, carrega na abordagem federalista do militarismo, comprometendo ainda mais a soberania dos Estados-Membros.
Promove o cariz antidemocrático da UE; defende o reforço dos orçamentos de defesa dos EM e da UE; o papel da UE como o pilar militar europeu da NATO; a reforma do Conselho de Segurança da ONU procurando garantir que esta se torne um instrumento ao serviço da UE e do imperialismo. Promove a política da guerra, da agressão, do domínio sobre países terceiros e da opressão.
Valores que jamais poderão conciliar-se com políticas de desarmamento e de paz. Defendemos outra política baseada na solidariedade, cooperação e respeito mútuo entre Estados, como garante da paz.
Votámos contra.