O presente relatório mais não é que uma grosseira ingerência externa nos assuntos internos de um Estado Soberano, a República Popular da China. Hong Kong é território da China que tem um Estatuto Administrativo Especial. A responsabilidade pela política que é seguida nesse território diz apenas respeito ao Governo da República Popular da China.
Rejeitamos o descarado apoio que o relatório dá a movimentos independentistas e outros supostos movimentos pró-democracia que visam alimentar uma eventual desestabilização e desintegração de um território da China.
Registamos a hipocrisia do relatório ao mencionar a preocupação com a eventualidade de Hong Kong ser uma de duas zonas de jurisdição comercial onde funciona a maior parte das empresas de fachada controladas pela RPDC, quando nada refere às incontáveis empresas e multinacionais europeias que utilizam aquele território para fugirem aos impostos e como paraíso fiscal.
Rejeitamos ainda as recomendações feita, claramente tendo em vista o condicionamento da situação política interna da China.
O nosso voto contra está de acordo com o que defende a nossa Constituição da República Portuguesa de rejeição de ingerência nos assuntos internos de Estados Soberanos. Disposição constitucional que no seu espírito é oposta a todo o conteúdo deste relatório.