Intervenção de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu

Sobre a grave reacção da Ryanair à greve dos tripulantes de cabine

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Os tripulantes de cabine da Ryanair em Portugal promoveram uma greve no início de Abril, exigindo o cumprimento da legislação laboral portuguesa e contestando a deterioração das condições de trabalho, denunciando processos disciplinares abusivos, condicionamento psicológico, ameaças de transferência de base e o desrespeito pelas leis da parentalidade.

A corajosa acção de luta, que daqui solidariamente saudamos, teve uma vergonhosa resposta da multinacional, com ameaças de redução da operação, uma ameaça encapotada de despedimentos e, mais grave, em flagrante violação da legislação nacional, medidas para substituir as tripulações em greve, deslocalizando tripulantes de bases em outros países, com ameaças de processos disciplinares, congelação da carreira e despedimentos a quem recusasse essa demanda.

Ameaças, chantagens e perseguições prosseguiram finda a greve, numa afirmação de impunidade daquela multinacional que opera nos pressupostos do mercado único e céu único europeu, com o beneplácito e cumplicidade da Comissão Europeia que perante tão graves factos não se pronunciou.
Evidências cabais das consequências da liberalização e da imperativa necessidade de defender a gestão pública do sector da aviação.

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