O presente relatório avalia a forma como a integração da perspetiva de género é aplicada na afetação de fundos da UE. Apresenta ainda recomendações políticas sobre a melhor forma de aplicar o princípio da igualdade de entre homens e mulheres às dotações orçamentais e decisões relativas a despesas dos diferentes domínios de ação da UE.
Acompanhamos muita da análise e propostas avançadas, de que destacamos o importante papel dos serviços públicos na promoção da igualdade, a defesa da execução dos objectivos de Barcelona, ou as desigualdades no trabalho, disparidades salariais, empregos atípicos ou a tempo parcial, pensões de reforma mais reduzidas, realidades que afectam particularmente as mulheres.
Mas não nos é possível acompanhar algumas abordagens, como o sejam, apontar o designado plano Juncker como solução para o investimento em áreas sociais. Tal como rejeitamos que se integre a estratégia para a igualdade de género no Semestre Europeu, um instrumento profundamente anti-democrático e gerador, por si só, do agravamento de desigualdades, numa abordagem que coincide com o branqueamento das políticas da UE. Por último, entendemos inaceitáveis as considerações feitas em relação à Polónia, que estão muito para lá da necessária solidariedade com as mulheres que naquele país lutam pelo direito à saúde sexual e reprodutiva.
Razões que justificaram a abstenção.