O relatório aborda a problemática das exportações de armas dos Estados-Membros para países terceiros. De uma forma geral assume preocupações e posicionamentos que, sendo correctos, não se descolam da realidade. Alinha-se com a indústria de armas europeia, uma indústria que exporta anualmente várias dezenas de biliões de euros, constituindo a fonte de 36% das exportações de armas para países terceiros. Situação que tem implicações óbvias na situação de instabilidade que actualmente se vive no Médio Oriente e Norte de África, alimentando regimes autoritários e movimentos extremistas. São as consequências da política externa da União Europeia, que o relatório veicula e promove, alinhando a política de exportações de armas com a Politica Comum de Segurança e Defesa, posicionamento que rejeitamos. Ou seja, se por um lado diz que quer limitar a exportação de armas, por outro, corrobora a política externa da UE que alimenta a escalada militarista.
Votámos contra.