O relatório evidencia a importância do turismo na economia europeia, responsável por 10% do PIB e por 12% do emprego total no conjunto dos Estados-membros. Trata-se da terceira actividade socioeconómica mais importante na UE, sendo um sector constituído, na sua maioria, por micro, pequenas e médias empresas (PME).
O relator defende uma estratégia integrada para o turismo, "no pleno respeito do princípio de subsidiariedade".
Sendo certo que o relatório contém aspectos positivos, que poderão apoiar o desenvolvimento da actividade das empresas do sector - como a recolha e divulgação de boas práticas, ou a defesa do apoio a determinados segmentos específicos, como o turismo ambiental e o turismo rural, ou ainda a defesa de uma diversificação das actividades turísticas susceptível de reduzir a sazonalidade e a precariedade laboral no sector - a verdade é que não podemos ignorar o contexto geral que condiciona actualmente a actividade turística: ou seja, o de uma profunda crise económica e social, com perspectivas de agravamento no horizonte, nomeadamente em países como Portugal. Uma crise que condiciona toda a actividade económica e muito especialmente o turismo, levando à falência milhares de PME. O que se exige é, por isso, antes de mais, uma alteração profunda das políticas económicas vigentes.