Mais de 20 anos de mercado único, significaram o acelerar do processo de concentração e acumulação capitalista a favor dos grupos monopolistas, o desmantelamento de instrumentos ao serviço dos Estados-membros de regulação soberana das economias, as privatizações e a liberalização de sectores estratégicos e serviços públicos, a harmonização da legislação.
Mas não chega. O grande capital monopolista quer mais, e é explícito o objectivo de aprofundamento da integração do mercado único e de contribuir para reformas estruturais, leia-se, a liquidação das funções sociais do estado e de direitos laborais.
O mercado único eclipsou conceitos propagandeados, como convergência, cooperação e solidariedade, aprofundando o neoliberalismo. Em seu nome e da afamada competitividade, promoveu-se o ataque aos direitos dos trabalhadores, as desigualdades sociais, a desregulação laboral, a desvalorização salarial e a precarização do trabalho e destruíram-se ou contrariaram-se políticas fiscais mais redistributivas e mais justas.
Serve objectivos capitalistas de ainda maior aprofundamento de concentração da riqueza nas grandes potências e grupos económicos, torna norma a desregulamentação, a liberalização e a exploração nas economias dos Estados-Membros, impondo um modelo socioeconómico único aos povos e trabalhadores contrário aos seus interesses, direitos e legítimas aspirações.
Votámos contra.