Sobre a estratégia da UE relativamente ao Irão após o acordo nuclear

O relatório versa sobre as relações entre a UE e o Irão após o acordo nuclear celebrado. Há cerca de um ano o Irão assinou um acordo sobre o programa nuclear iraniano com seis potências (EUA, França, Grã-Bretanha, Rússia, China, Alemanha) que permitiu o levantamento das pesadas sanções impostas. Os EUA mantém o bloqueio.
O Irão é um país de enorme importância geoestratégica. Exerce influência no Médio Oriente e na região do Golfo. É a segunda maior economia do Médio Oriente e Norte de África. Tem as segundas maiores reservas de gás do mundo e as quartas maiores de petróleo. Tem ainda um potencial enorme para a exploração de energia solar. Interesses que movem a UE.
Apesar de acompanharmos o relatório no que à necessidade de estabelecer de relações diz respeito, distanciamo-nos da visão de ingerência e interferência externa a que o relatório procura condicionar essas relações: reformas estruturais, judiciais, democráticas. Uma visão que visa alimentar pelo exterior, mudanças de regime, que têm como objectivo não os interesses e legítimas aspirações do povo iraniano, mas cumprir os objectivos económicos e políticos da UE para desestabilizar e controlar o Médio Oriente. Acresce o total branqueamento da realidade e distintas responsabilidades e papéis dos intervenientes nos conflitos daquela região.
Votámos contra.

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