Acompanhamos muitas das preocupações levantadas no relatório, nomeadamente no que à imperativa necessidade de superar as desigualdades entre homens e mulheres diz respeito. Entendemos, contudo, que o relatório fica muito aquém na análise daquelas que são as causas para essas mesmas desigualdades, e dos caminhos necessários para os superar, nomeadamente no que se refere à necessidade de uma ruptura com as políticas de direita e de exploração. Apresentam-se, entre outros, mecanismos de quotas obrigatórias, para superar a diferença de participação das mulheres na política, mecanismo que rejeitamos.
Refere-se a situação na Ucrânia, sem se referir as responsabilidades da UE na instauração de um regime fascista.
O relatório não escapa à habitual abordagem de ingerência que tão bem caracteriza o Parlamento Europeu. Assim se justifica a exacerbação da Política Europeia de Vizinhança, e do seu papel no apoio e financiamento a iniciativas que, naturalmente, têm como objectivo contribuir para mudanças políticas, claro, sob a matriz ideológica da UE. Mas também do uso da PEV para reformas na Administração Pública e dos princípios e políticas dos Estados.